26 de abril de 2006

Pó e poeira

Prédios históricos,
Franceses utópicos
Na Babilônia carioca.
Desejos Tórridos:
Cocaína e michê.

A noite é uma criança.
Bebê de Rosemary.
Gatos, gatunos e vadios.
Veados de praça,
Ruas de merda:
Centro carioca.

Escorre no bueiro
Sangue ingênuo
E Cocaína.

Foram-se os franceses
E suas utopias.
Ficaram veados,
Vagabundos viciados,
Seguranças subornados
E um PM honesto.

Meu sangue escorreu
E eu morri na praça.
Longe das utopias,
Virei carniça
De crianças promíscuas,
De putas e podres
Pobres sem futuro.

Morri
E meu sangue carioca
Virou pó
Pros viciados.

3 comentários:

renatamar disse...

Olá! Vi o endereço no seu orkut e resolvi fazer uma visita..

>> Belas palavras. Ainda recitando muito??

Legal! Vou te adicionar nos meus links.

abs,

Bruno Cave disse...

Esta é uma poesia baseada em fatos reais. Todos os personagens e locações são reais. Nem a morte do meu eu-lírico é ficção: alguma parte de mim morreu naquela noite.

renatamar disse...

Me passa seu e-mail!