23 de dezembro de 2004

Dois Sonetos

1
Escrevo este poema
Para musa invisível
Captada na antena.
Com ela é possível.

Vista de Ipanema
Miragem impossível
Cabelos com rena
Bikini irresistível.

Devo estar doente:
Entrou na minha mente
Sem beijo na boca.

Minha razão é pouca:
Tento deixar ela louca
Para que com isso me tente.


2
Eu não amo aquela
Com quem me deito.
Minha mente gela
Ocupa meu peito.

Amizade aquarela
Em cima do leito
Me dá muita trela.
Pegou me de jeito.

Amor não tem cura.
Amei, fui amado;
Sobrou amargura.

Não haverá fado
Nem ela era pura.
Estou acabado.

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