11 de março de 2010

Estrangeiro

Abra-se e me abrace,
Sou estrangeiro no mundo.
Minha casa é seu ventre;
Minha terra, seus braços.

Perca-se ao me beijar.
Ache em meus lábios
O último dia de verão.
Um refúgio derradeiro
Para quem viajou demais.

Vamos dar um ao outro
Nossas eternas solidões
E nossos breves corpos.

Seu ventre é meu país;
Seus seios, meu verão.
Em você, descanso afinal.

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