24 de agosto de 2004

Fada Verde

Gotas de vinho
Tinto
Minto
Gotas de sangue

Cortando os pulsos
Nada encontraria
Dobrando uma esquina
Encontrei-me
Em você.

A FADA

Quem me dera
uma voz
no vazio das onze horas.

Quem me dera
beijos
às onze meia

Meia-noite
Ela conecta-se,
faço com o teclado
Amor. Olho uma foto
dela e sorrio.

#


O calor do sol
acaricia minha pele,
minha voz soa distante,
Meus sorrisos:
uma sequela.

Finalmente a noite,
espaço de amantes,
chega e
com ela sons
frenéticos me abandonam.
Eu também me abandono e
deixo meu corpo.

Sonhos
Verde sonhos,
Vejo florestas
viro duende verde.

Estendo a mão,
ela me aceita e
dançamos.
Fada e duende
num verdejante
pulsar espiralado.

Nossos olhos conversam
sem palavras e
beijos cálidos.

As palavras ficam
esquecidas no teclado.


como é linda uma mulher


Pernas, preta, amarelas
de que me valem?
Escorre-me memória
alvas pernas e
negrura de pelos.
Inda escorre mel,
da borda dos meus
lábios-memória.

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