27 de abril de 2008

Amor violento

Amor violento,

Lento castigo

Quero contigo

Por um momento.


Um tapa ardido,

Seio mordido

Sopra ao vento;

Coisas que invento.


Amor fogoso,

Vermelho gozo

cheio de fúria.


Amor sem culpa,

Tara. Oculta,

Doce penúria.

Gaivota Kantiana

Labirinto de corpos
Tortos,
Engessados ossos
e carne de massa.

Contra mar e céu
Azuis,
Contra a feiúra
Da massa amorfa,
Passa uma gaivota
com belo corpo esguio,
Sem recheios supérfluos.

Bela e perfeita.

Essa gaivota mergulha
superando qualquer expectativa
de beleza criada por academia.
Mais que belo: sublime.

22 de abril de 2008

Fada Canela

Fada canela,
Esconde sob frio véu
Um sorriso branco,
De pérola bela.

Fada canela
Olha desconfiada.
Feche os olhos
para a cidade amarela.

Fada canela,
Seu nariz egípcio
é cruel como a esfinge.
Qual o enigma dela?

Fada canela
cuja pele
não cabe no poema
nem na aquarela,

Fada canela,
À mais alta estrela
Vamos. Voando
Juntos até ela.

Seios

Seus seios
Perfeitos
Feitos para
Puro prazer

São duros,
Pétreos
Como uma
Estátua
De mármore.

Rocha
Vira meu membro
Ao vê-los perfeitos.

Beijá-los,
Beijá-los,
Balbucio delirante.

Seios
Maravilha,
Dádivas do céu,
Provas do divino.

-São alucinação?
(Pergunta o poeta,
Por nunca antes
Ter visto tamanha beleza.)

Talvez, até
Ficassem deslocados,
Não fosse suportados
Com nobreza
Por corpo como o seu.

Orgulhosos da dona
Empinam-se livres,
Harmoniosos.

Eles desnudos
Brilhariam, sim.
Em conjunto com

rosto
olhos
curvas
sorrisos
Brilham muito mais.

Se me lembro de seus seios,
Logo me sinto melhor.
Pensando neles,
Não há morte
Guerras
Ou Dor...

Seios
Capazes.
De salvar o mundo?

Só sei
Salvarem-me.
Penso-os
E me encho de coragem.

Minha boca
Enche de salivas;
Meu corpo, de calor.

Meu membro,
Simplesmente enche-se.
Cresce de tesão e dispará-me
em seus seios quentes, acolhedores.

Oh! Isso sim
São seios!